quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Porque cozinhar acalma o coração...

Faz algum tempo que não passo por aqui... Mas a razão, única e exclusiva de tamanha distância, foi uma reviravolta na vida pessoal e profissional. Algumas mudanças de rumo, poucos tumultos, sutis realizações.

Nada capaz de me afastar de um dos meus prazeres, da minha terapia: cozinhar. E não vou me atrever a elencar nomes esnobes, práticas refinadas... meu prazer é esse mesmo, simples assim, com gosto de guloseima feita pela vovó, em um fogão simplista, na cozinha do interior de SP, com sabor de quero mais.

E, nessa viagem do tempo, nada melhor do que resgatar um docinho das antigas, mas que é fácil, rápido e com a consistência do que me soa perfeito: crocante por fora e beeem cremoso por dentro.

A receita a seguir foi testada com muito sucesso. Tanto, que me inspirou a remontar um livro de receitas à moda antiga, com direito a anotações manuais.

Entregue-se, delicie-se e mãos-a-obra!
Queijadinha Clássica
Massa:
  1. Duas xícaras de chá de farinha de trigo
  2. 100 gramas de manteiga
  3. Um ovo batido
  4. Duas colheres de sopa de açúcar
Recheio:

  1. Um coco inteiro ralado
  2. Três gemas
  3. Uma lata de leite condensado
  4. Uma xícara de chá de açúcar
  5. Uma colher de sopa de manteiga

Preparo:
Faça primeiro o recheio: misture, em um refratário, o coco, as gemas, o leite condensado, o açúcar e a manteiga. Reserve.



Prepare a massa, colocando em outro refratário a farinha de trigo, a manteiga, o ovo e o açúcar. Misture, com as mãos, até que a massa fique lisa e homogênea. Forre as forminhas de empada com a massa e preencha-as com o recheio reservado. Acomode as forminhas dentro de uma forma maior e leve ao forno pré-aquecido (150 graus). Ao assar, aumente a temperatura do forno para 180 graus e asse por 35 minutos.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Comidinhas mexicanas para animar a torcida

Nesse fim de semana fiz um mini meu degustação de comidinhas mexicanas para alguns amigos, num petit comité no meu pequeno e modesto apartamento. Como a noite estava fria, tanto a comida picante como a presença de poucos - mas bons amigos - deixou o ambiente bastante acolhedor.


Para abrir o apetite, servi batatinhas recheadas de cheddar e bacon, com toque de páprica picante. Na sequência, Nachos (Doritos original) guarnecido de Guacamole, Chilli e Sour Cream. Entre os pratos principais, uma rodada de Burritos de frango picante com especiarias e o arremate de Tacos (tortillas de milho) com um chilli e mussarela derretida. 


Tudo devidamente regado à boa cerveja e excelente conversa. Como a decisão de reunir amigos para comer petisquinhos mexicanos foi de última hora, fiquei devendo o Mojito (bebida que eu amo de paixão). Mas, na próxima, não faltará.


Neste post, ensinarei a fazer as batatas. Nos próximos posts, vocês acompanham as outras delícias desta terra caliente.


Batatas Bravas


1/2 de batatinhas pequenas (como de aperitivo)
Uma bisnaga de queijo tipo cheddar
300 gramas de bacon
Molho de pimenta
Páprica picante


Preparo:
Cozinhe as batatas com as cascas em água com sal, até ficarem macias, mas sem desmanchar. Corte-as ao meio, disponha em assadeiras e cubra-as com o cheddar. Frite o bacon cortado em cubinhos na própria gordura, até que fiquem crocantes. Coloque uma pequena porção por cima da batata e finalize com duas gotinhas de molho de pimenta e uma pitadinha de páprica picante. Leve ao forno baixo por 15 minutos, para aquecer e gratinar.


Bon appétit!!!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Cozinhar transforma

É inegável que chego em casa destruída. Tenho dias bastante puxados, com direito a acordar todos os dias às 5h20 da matina e retornar à minha casa entre 20h30 e 21h. Não é fácil. Mas é muito bom!


O fato é que, além da paixão pelos alimentos e por sua elaboração, amo também a minha profissão, o que me garante ânimo extra quando o assunto é acordar cedo e dormir tarde. Mas, o foco não é esse.


E você, caro leitor, deve estar se perguntando o que tudo isso tem a ver com um blog de culinária. E eu te explico: cozinhar transforma. Mexe com os alimentos, com o humor, com o bem estar e, sobretudo, com as pessoas.


 Meu marido e fiel incentivador casou comigo sem saber fritar um ovo. Mal acostumado, preferia comer qualquer porcaria congelada a se aventurar pelo fogão. O fato é que, depois de três anos e três meses de vida a dois, ele se rendeu à paixão culinária e já ensaia seus primeiros pratos. 


Ontem ele executou - sob a minha supervisão - um delicioso bife à rolê, com direito a molho de vinho e tudo! Não é um sucesso?! Nada é impossível aos motivados.


E, se você quer entrar na onda e se render aos prazeres relaxantes desta arte, pode começar pela receita de hoje: um bolo de mandioca caramelado. Fácil, gostoso, regional e típico, para a época do ano em que pipocam festinhas juninas.


Aproveite, delicie e relaxe... essa é a proposta!


Bolo de Macaxeira Caramelado

500 gramas de mandioca ralada
100 gramas de manteiga sem sal
Uma lata de leite condensado
Quatro cravos
50 gramas de coco ralado
Um ovo

Para o caramelo:         
1 kg açúcar

Modo de fazer o caramelo: 
Em uma frigideira coloque o açúcar e leve a fogo baixo mexendo sempre até dar ponto de caramelo, coloque em uma assadeira untada com manteiga e reserve.

Modo de fazer o bolo: 
Em um bowl, junte o ovo, o leite condensado e a manteiga e bata até obter um creme. Acrescente a mandioca, o coco e o cravo, misture tudo e coloque na assadeira sobre o caramelo. Leve ao forno aquecido a 140ºC por 20 minutos ou até que esteja assado. Deixe esfriar e mantenha a temperatura ambiente. Não coloque na geladeira para não endurecer.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Descoberta de sabores: maçã!

Eu sei... eu sei! Faz algum tempo que não passo por aqui. Mas, apesar da correria, continuo me aventurando em invenções gastronômicas, que me relaxam, me revigoram, enchem a casa de vida e aromas, além de contribuírem para a expansão corporal desta, que vos escreve.

Mas não dá para pensar em dieta, quando o dia clama por alguma delícia quentinha, acompanhada de um suave chá ou de um confortável copo de leite quente. A receita de hoje é isso: um clássico dos tempos da vovó, mas com um toque bem contemporâneo.

E, para acompanhar, uma deliciosa sessão de cinema em casa. E aqui vale outra dica: assistam ao filme Julie & Julia, baseado na trajetória de Julia Child (Meryl Streep), uma mestra da culinária francesa dos anos 50. O longa promove o encontro cinematográfico de Julia, com Julie Power, uma jovem entediada com seu trabalho e com os rumos de sua vida, que encontra prazer em uma paixão em comum: cozinhar.

Anotem a receita e se deliciem:

Bolo de maçã a la Fernanda

Quatro maçãs descascadas, cortadas em cubos
O suco de dois limões
Três colheres de sopa de manteiga sem sal
Quatro ovos
Uma colher de sopa de fermento em pó
Um copo de açúcar
Dois copos de farinha de trigo

Preparo:
Coloque as maçãs em cubos de molho no suco de dos limões e reserve. Bata as claras em neve e reserve. A parte, bata bem as gemas, o açúcar e a manteiga até formar um creme homogêneo e macio. Junte a farinha de trigo peneirada e bata mais um pouco. Escorra as maçãs e as adicione, junto com a clara em neve, mexendo levemente. Adicione o fermento em pó, misturando bem. Leve ao forno médio, pré-aquecido, por 30 a 40 minutos, até que fique dourado.

Quando estiver morninho, desenforme e polvilhe com açúcar e canela.

P.s.: Quer uma orgia calórica? Sirva o bolo ainda quente com uma generosa bola de sorvete Häagen-Dazs de doce de leite. Arremate com uma simpática porção de spray de chantilly e uma folhinha de hortelã.

Bon Appétit!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Café-da-manhã da realeza


Estamos no meio da semana, mas com o dia cinza e chuvoso é quase inevitável desejar o fim de semana ardorosamente. Neste contexto, resolvi encher esta quarta-feira cinzenta e úmida de uma deliciosa e açucarada perspectiva.

Uma prévia de como pode começar, ou terminar, um café-da-manhã de inverno. Depende, é claro, da cota de calorias que você estabeleceu para si mesmo. A receita de hoje não é uma simples receita. É, na verdade, um abuso!

Faz crianças, jovens, adultos e idosos salivarem. É evidente que, além de sugerir, vou executar a receita no fim de semana e serví-la aos meus mais afoitos e comilões expectadores: Leandro (maridão) e Tequila (filhinho de quatro patas).

Renda-se à tentação e comece o fim de semana com a fartura do Império Romano. Bela forma de se sentir um rei ou uma rainha, não?!

Anote e deleite-se!

Panquecas de Leite Condensado com Frutas

Uma lata de leite condensado
Duas xícaras (chá) de farinha de trigo peneirada
Meia colher de sopa de fermento químico em pó
Dois ovos
Meia xícara (chá) de leite integral
Meia colher (chá) de essência de baunilha
Manteiga para untar

Preparo:
Bata todos os ingredientes no liquidificador até obter uma massa homegênea. Aqueça uma frigideira pequena com a manteiga, coloque pequenas porções de massa de cada vez e frite-as de ambos os lados, até ficarem douradas.

Sirva as panquecas regadas com leite condensado e com sua fruta favorita picada ou fatiada. Ficam espetaculares com morangos, amoras ou uvas.

Beijos e bon appétit!!!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Caldo de Abóbora e Carne Seca


A segunda-feira começou com ares de inverno e quase um apelo por minutos a mais na cama. Com a previsão do tempo indicando que nesta semana a temperatura mínima pode atingir 10ºC, o La Cucina reforça sua série de comidinhas de inverno com um verdadeiro titã do menu dedicado a aquecer: Caldo de Abóbora e Carne Seca.

Embora seja um caldo, não se engane! Vale por uma refeição completa - seja pela saciedade que proporciona ou pela contagem de calorias. Começou dieta? Sem desespero! Até o mais calórico caldo pode ser adaptado e ganhar uma versão mais light. Aqui daremos as duas. Anote, se jogue e aqueça-se!

Caldo de Abóbora com Carne Seca

Um quilo de abóbora japonesa
Uma cebola grande picada ou processada
Duas ou três colheres de sopa de um bom azeite
Meia caixinha de creme de leite
300 gramas de carne seca desfiada e dessalgada
Cebolinha verde picada
Queijo meia-cura ralado no ralo grosso
Sal, pimenta do reino branca e alho a gosto

Preparo:
1. Cozinhe a abóbora em água e pouquíssimo sal, até que ela quase dissolva;
2. Bata no liquidificador, de forma que fique uma pasta homogênea e consistente, e reserve;
3. Em outra panela, refogue a cebola, o alho e a carne desfiada em um pouco de azeite;
4. Quando a carne estiver soltinha e sem umidade, adicione a abóbora batida e o creme de leite;
5. Deixe levantar fervura. Se preferir um caldo um pouco menos espesso, acrescente um pouco de água. Inclua o sal e a pimenta;
6. Finalize com o queijo ralado e as cebolinhas picadas.

Sirva com pão italiano e uma taça generosa de vinho tinto. Aqui, sugiro um Cabernet Sauvignon, chileno...encorpado na medida certa.

Para a versão light, substitua o creme de leite por uma colher de requeijão light, ou exclua esta opção, adicionando apenas água ou caldo de legumes. Além disso, utilize queijo minas light ou tofu, cortados em cubos, no lugar do meia-cura ralado.

Até a próxima e bon appétit!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Comidas de Inverno

Com a queda da temperatura, nada melhor do que aquecer o corpo e a alma com pratos fumegantes, repletos de acolhimento e conforto. Pensando nisso, o La Cucina inicia hoje uma cobertura completa de pratos exclusivos de inverno.

A série trará sopas, caldos e pratos encorpados, de deixar qualquer mortal babando. Eu garanto! Então, para começar, uma versão mais ousada da simples sopinha de legumes. Receita da jornalista, colegade trabalho no iG, e chef de cozinha, Alessandra Blanco. Anotem e deliciem-se!

Sopa de legumes e caldo de frango
1 peito de frango
2 litros de caldo de legumes
3 batatas grandes ou 4 médias
3 cenouras
1 chuchu
1 abobrinha
1 alho-poró
3 colheres de sopa de grãos de milho
3 colheres de sopa de ervilhas
4 vagens (de preferência aquela fininha)
10 cogumelos Paris tamanho pequeno
sal, pimenta e azeite à gosto

Preparo:

1- Lave bem todos os legumes. Depois corte as batatas, as cenouras, o chuchu, a abobrinha e as vagens em quadrados pequenos (brunoise) e uniformes. E corte os cogumelos em fatias fininhas.
2- Coloque em uma panela de pressão todo o caldo, o peito de frango cortado em dois pedaços, as batatas, as cenouras e o chuchu. E leve ao fogo. Quando começar a ferver, deixe no fogo por 10 minutos, depois desligue.
3- Espere a panela esfriar e sair toda a pressão. Abra-a, acrescente a abobrinha, o alho-poró, o milho, a ervilha e a vagem. Tampe novamente a panela de pressão e leve ao fogo. Deixe ferver por mais 5 minutos e desligue.
4- Espere, de novo, a panela esfriar e sair a pressão. Abra-a, retire uma metade do peito de frango e reserve. A outra metade deve ser desfiada e acrescentada novamente ao caldo. Coloque também os cogumelos e leve mais uma vez ao fogo. Tempere com sal e pimenta. Deixe uns 5 minutos e desligue. Antes de servir, coloque um fio de azeite.

Sirva com torradas e com um punhadinho de queijo parmesão. Além de uma bela taça de vinho tinto.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Cozinhe no Dia das Mães


Dia das Mães... o domingo mais propício para reunir a família à mesa. A data sugere um tributo à pessoa que mais se esforça - literalmente - para que você viva o melhor de sua vida. Provavelmente é dela que virão as melhores lembranças de mesas fartas e estômagos satisfeitos.

Então, nesta data, nada mais justo que poupá-la do serviço.

Não! A alternativa não é levá-la a um restaurante abarrotado de pessoas e servi-la refeições impessoais, em um ambiente barulhento e conturbado. A ideia proposta aqui é oferecer um almoço feito por você.

Não se desespere! Mesmo os mais inexperientes quando o assunto é pilotar o fogão, podem surpreender. Ainda que você tenha de recorrer aos semi-prontos. Ou, quem sabe, comprar tudo pronto mesmo, contanto que dedique meia hora de sua manhã ao preparo de uma sobremesa ou à colocação de uma mesa com capricho.

O fato é que quando nos dedicamos a fazer aquilo que nos fazem todos os dias, sem precisar de uma data especial, o “presente” ganha ares de reconhecimento e admiração. Quer homenagem mais justa?

O La Cucina traz um menu fácil, descomplicado, que requer mínimo esforço, mas que encherá os olhos de quem o trouxe ao mundo. Anote, dedique-se e surprenda!

Penne Napolitano

500 gramas de penne
Um litro de água fervente, sem sal e sem óleo

Preparo:
Cozinhe o macarrão ao ponto al dente, escorra e reserve.

Molho:
800 gramas de alcatra ou coxão mole em cubos
100 gramas de toucinho defumado em cubos
Azeite
Uma cebola grande ralada e cinco dentes de alho
Dois quilos e meio de tomates maduros, porém firmes, sem pele e sem sementes, picados grosseiramente
Uma folha de louro
Dois copos de água
500 ml de vinho tinto seco
Duas colheres (sopa) de extrato de tomate
10 folhas de manjericão fresco
Sal, pimenta do reino e parmesão ralado à gosto

Preparo:
Tempere a carde com o sal. Em uma panela, adicione o azeite, de forma que cubra o fundo da panela. Doure a cebola. Acrescente a carne e o toucinho, dourando-os de ambos os lados. Junte os tomates, o louro e a água. Deixe secar e acrescente o vinho, mexendo sempre. Quando a bebida secar, vá pingando água aos poucos, até que a carne amacie e os tomates desmanchem. Adicione o extrato de tomate e mexa bem. Espere o molho encorpar. Coloque o manjericão. Corrija o sal e acrescente a pimenta. Retire a carne e sirva o molho com a massa desejada, salpicando tudo com parmesão ralado. Disponha os pedaços da carne sobre a massa, já regada pelo molho.

P.s.: Este é um prato único, que dispensa acompanhamentos. Sirva-o com uma boa taça de vinho tinto e arremate com uma mousse de maracujá. Simples, rápido e saboroso.

Mousse de Maracujá

Uma lata de creme de leite
Uma lata de leite condensado
Uma lata medida de suco de maracujá concentrado

Preparo: 
Bater tudo no liquidificador e levar à geladeira por duas horas.

Feliz Dia das Mães e Bon Appétit!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Salada de Macarrão com Atum

Para quem tem pressa, pouquíssimo tempo, mas muita boa vontade, os pratos únicos são uma excelente opção. Fazem as vezes de entrada e prato principal, sem perder a excelência nutricional. A receita de hoje é uma colaboração da amiga e amante de boa comida – assim como eu – Tati Correia. Então, preparem o estômago e anotem o passo-a-passo:

Salada de Macarrão com Atum
Um pacote de macarrão parafuso (500 gramas)
Duas latas de atum ralado conservado em óleo
Uma cebola picada em cubinhos
Uma lata de ervilha
Três colheres de sopa de maionese
Salsinha a gosto
Sal a gosto

Preparo:
Cozinhe o macarrão, deixando-o al dente. Escorra e deixe esfriar. Quando frio, adicione o atum (escorrido), a cebola, a ervilha, a salsinha e a maionese. Misture bem e leve à geladeira.

Simples assim! Rende uma deliciosa refeição.

P.s.: Está escravo das calorias ou seguindo alguma dieta rica em fibras? Basta adaptar a receita, adotando macarrão integral e substituindo o atum conservado em óleo pelo conservado em água e sal, além de trocar a maionese tradicional pela light.

Quer um toque a mais? Adicione meia xícara de azeitonas verdes ou pretas fatiadas.

Bon Appétit!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Bolo de Cenoura “Très Chic”, por Daniela Hidaka


Neste início de tarde, fui surpreendida no messenger por uma amiga muito especial, dizendo que tinha aproveitado o horário do almoço para fazer um bolo de cenoura que, segundo ela, era bem simples.

O fato é que não existe culinária simples, se a imaginação nos faz transcender padrões.  E foi isso que Dani Hidaka fez. A partir de uma receita básica de bolo de cenoura, ela ousou na criatividade e cobriu o simples bolo com um ovo de páscoa da Kopenhagen.

Percebe aí, quando o bolo deixou de ser apenas mais um bolo de café da tarde?

Resultado de tal aventura? Um bolo fofinho, contrastando com uma cobertura intensa, de textura um pouco mais firme e sabor inigualável. Anotem e receita e deliciem-se:

Bolo de Cenoura da Dani
Quatro ovos
Duas xícaras de farinha de trigo
Uma xícara de óleo
Duas xícaras de açúcar
Três cenouras
Uma colher de sopa de fermento em pó

Palavras de nossa mestre-cuca do dia:
Bati tudo no liquidificador e joguei nas forminhas untadas, só com manteiga. Ficou 40 minutos assando em fogo médio. A receita original pede cinco cenouras, mas eu só tinha três, então fiz meio proporcional.

Cobertura:
Palavras da mestre-cuca sobre a calda:
A cobertura original é à base de chocolate em pó e leite. Mas o leite acabou e sobrou chocolate da Páscoa. Então foi com o ovo de chocolate mesmo. Derreti o chocolate com um pouco de margarina e duas colheres de açúcar. Ficou comível.

P.s.: Não ficou comível! Ficou incrível! E dormirei com a promessa de saborear um pedaço da invenção gastronômica de Dani Hidaka amanhã, na companhia de nossa mestre-cuca e de outra amiga igualmente fantástica.

Bom Appétit!!!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Sobremesas modernas

O título já diz tudo. Saiko Yoneda, chef da confeitaria D.O.M e Dalva & Dito, ministrará uma aula especial de sobremesas modernas em versões caseiras, que podem ser servidas individualmente ou em formato único, com truques de patisserie nas finalizações.

Saiko é apaixonada por frutas brasileiras e traz aos seus preparos equilíbrio de texturas, de açúcar, delicadeza, estética e muita técnica.

A aula, com três horas de duração, ensinará:

• Sagu de manga e leite de coco com calda de laranja e laranja confitada;
• Sorvete de creme, aromatizado com licor de menta e mousse de chocolate amargo, com cristais de menta;
• Manjar branco com calda de cajá e fios de caramelo;
• Bavaroise de baunilha com gelatina de vinho branco, para efeito “crash”, decoradas com pitaia, maracujá, kiwi ou frutas da estação.

Dia 22 de abril, das 19h às 22h.
Reservas e Inscrições www.wkcozinha.com.br

Pretendo realmente ir!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Reciclando o semi-pronto

Domingão preguiçoso e friozinho... Dia clássico para um almoço mais intimista e familiar, se não fosse a vontade de não fazer nada. Motivada pela preguiça-nossa-de-cada-dia, e com dois expectadores atentos e famintos (Leandro e Tequila), decidi visitar um açougue em busca de algo semi-pronto para facilitar a empreitada.

Não pude resistir a tentação de entrar em uma casa de carnes retrô, com cara de "estabelecimento dos tempos da vovó", na qual - caprichosamente - estavam dispostos todos os mais variados tipos e cortes de carnes. Decidi, ali, levar um quilo de um caprichoso bife à role, que ficaria perfeito se acompanhado por arroz branco com ervas e saladinha de folhas verdes.

Feita a escolha, quis dar um toque pessoal para a carne... algo que não a deixasse tão "semi-pronta", tão óbvia. O molho foi crucial e tornou o cardápio trivial em um almoço de arrancar suspiros e elogios. Anote e inspire-se:

Molho:

Cebola ralada
Alho triturado
Azeite extravirgem
Sal à vontade
Meia xícara de vinho tinto seco
Uma lata de molho de tomate
Um tomate picado
Um pacote de caldo de carne em pó
Cebolinha cortada em rodelas fininhas para finalizar

Preparo:

Refogue no azeite a cebola e o alho (a gosto). Adicione os bifes em disposição circular. Doure-os dos dois lados. Acrescente o tomate picado e deixe-o murchar. Adicione o vinho e o sal. Vá virando os bifes até que o vinho esteja reduzido. Despeje o molho de tomate, acrescente o caldo de carne em pó e adicione metade de uma lata medida de água. Tampe a panela de pressão e deixe cozinhar por 15 a 20 minutos.

Retire da panela, cubra os bifes com o molho do cozimento e finalize com a cebolinha fatiada.

Simples assim!

Dica extra: Faça um pão caseiro ou compre uma ciabata. Mergulhar o pão no molho encorpado pelo vinho, pelo tomate e pela carne é, no mínimo, reconfortante.

Bon Appétit!!!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Marmita fashion

Na vibe de comer bem, por uma vida mais saudável e sustentável (por quê não?!), recomendo às adeptas - como eu - de marmitas, as bolsinhas chiquérrimas da Built. Todas em neoprene, material térmico e resistente à agua, possuem estampas exclusivíssimas, modernas e que valorizam qualquer refeição. E, de quebra, você ainda faz bonito! Confiram os modelos:

http://www.builtny.com.br/categoria.php?id=1

É claro que vou atrás de uma. Impossível resistir!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Em êxtase


O almoço me possibilitou uma sensação única de contemplamento e felicidade. Ao passar pela Revistaria da Amauri – que por si só já é uma experiência áudio visual e tanto – não resisti e comprei dois livros de Jamie Oliver: Jamie em Casa e Revolução na Cozinha.

O chef inglês tem um jeito leve de conduzir suas receitas e inspirar. Tudo em suas mãos parece descomplicado e acessível. E o livro é uma delícia, literalmente. Lindíssimo, com capa dura, texto solto e receitas de encher os olhos e a boca – d’água. Pretendo, num futuro breve, postar minhas percepções e experiências obtidas por meio destas aquisições.

E convido a todos para acompanharem e se deliciarem comigo.
Beijos e até breve!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Tentações de inverno

Aproveitando que a temperatura caiu, nada mais sugestivo que uma bela carne assada, guarnecida com um molho encorpado na medida certa, harmonizado com um bom vinho tinto seco e robusto.


Só isso seria suficiente para fazer os amantes desta iguaria salivarem. Mas a proposta vai além. A idéia aqui é provocar sensações e fazê-lo apreciar a carne, beber o vinho, e completar a refeição com uma boa fatia de pão, que arrematará o molho final, acumulado ali, no fundo do prato. Depois, satisfeito, um bom café servirá de trunfo digestivo.

A receita em questão foi testada no Dia dos Pais do ano passado, porém com uma adaptação: ao invés do molho de tomates, fiz um molho madeira, que também ficou – digamos – bastante sugestivo. Confiram o passo-a-passo:

Maminha recheada com provolone

Uma peça de maminha totalmente limpa;
Uma peça de provolone de 200g;
100g de manteiga;
Orégano;
Sal e pimenta do reino.

Molho:
Três latas de tomate pelado, batidas no liquidificador (não peneirada);
Seis tomates frescos maduros, sem casca, picados em cubos;
Um dente de alho picado;
Dois gramas de orégano;
Uma colher (sopa) de azeite de oliva extravirgem;
Uma colher (sopa) de manteiga;
100 ml de caldo de carne;
100 ml de vinho tinto;
Açúcar;
Sal e pimenta do reino.

Modo de preparo do molho:
Leve uma panela funda com o azeite e a manteiga ao fogo médio. Após dourar o alho, nesta panela, acrescente o tomate em cubos, e aguarde alguns segundos. Acrescente, então, o orégano, refogue rapidamente e inclua o tomate pelado, o caldo de carne e a taça de vinho. Tempere com sal e pimenta. Corrija a acidez com um pouco de açúcar, caso necessário.

Modo de preparo da carne:
Utilizando a manteiga em temperatura ambiente, o orégano, o sal e a pimenta, forme uma pasta misturando-os bem. Faça um corte centralizado na peça de carne, pela parte traseira, sem deixar abrir as laterais da carne. Neste vão passe a pasta uniformemente. Insira a peça de provolone, com muito cuidado para não rasgar a carne. Costure a carne com barbante e ajuda de uma agulha. Envolva-a em papel alumínio e perfure-o para que o molho possa penetrar. Deixe cozinhando em fogo baixo por duas horas em panela fechada ou 40 minutos em panela de pressão.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Macarrão preguiçoso

A receita a seguir é uma homenagem a uma amiga – fiel leitora do blog – e minha companheira de todos os dias no trânsito insano que permeia nosso duro trajeto, de São Bernardo à Rua Augusta.


Desde que lancei o blog, ela me pede receitas fáceis e rápidas, sob medida para quem não tem tempo para nada, muito menos para a cozinha.

Se você se encaixa no perfil: muita fome, muita pressa e pouco tempo, anote a receita e boa refeição!

Macarrão de Panela de Pressão

Meia cebola;
Alho a gosto;
Um pacote de macarrão parafuso ou penne;
Uma lata de molho de tomate de sua preferência;
Uma lata de creme de leite;
Um caldo de frango ou caldo de carne;
Meio quilo de filé de frango em cubos ou meio quilo de carne moída;

Preparo:
Refogue a cebola e o alho em manteiga, azeite ou óleo de girassol (de acordo com a sua preferência). Acrescente a carne escolhida (frango, carne ou mesmo uma lata de atum) e dê uma leve dourada. Adicione o caldo de carne, acrescentando a lata de molho. Quando o molho começar a ferver, despeje o pacote de macarrão e misture bem. Complete com água, de forma que o macarrão fique submerso em, pelo menos, 2 cm de molho. Quando a panela pegar pressão – a partir do primeiro assovio (cerca de 4 a 5 minutos) – desligue o fogo, retire a pressão do vapor e acrescente o creme de leite.

Quer dar um “up” e deixar mais glamuroso?! Transfira para um refratário de vidro, rale queijo mussarela por cima e leve ao forno por 10 minutos, em fogo alto, para gratinar.



Prático e saboroso!

Bon Appétit!!!

Os três movimentos da cozinha

O texto abaixo foi retirado do blog Comidinhas (http://colunistas.ig.com.br/comidinhas/), da jornalista e colega Alessandra Blanco, com quem trabalhei por cerca de quatro anos no iG (portal do qual é uma das diretoras) e que é uma inspiração enquanto jornalista e chef de cozinha. Vale a leitura!

Por Alessandra Blanco

Gastronomia estar na moda já não é nenhuma novidade. Dos chatos entendedores de vinho à nova onda de receber em casa com jantares requintados. Desde os anos 90, comida ganhou status semelhante ao da moda, e os chefs tornaram-se verdadeiros pop stars.


A novidade agora é que gastronomia é também um movimento, ou três, com posicionamentos bastante diferentes. E, de alguma maneira, você já faz parte de um deles.

O primeiro, e mais divulgado, é o da comfort food ou pop food, aqui vistos de maneira mais ampla do que o purê de batatas da vovó. Nigella Lawson, Martha Stewart, Jamie Oliver e até Alex Kapranos, o vocalista do Franz Ferdinand que está lançando seu primeiro livro de gastronomia, são seus maiores representantes.

Eles levam para as nossas casas informações e dicas de comidas que parecem sensacionais e nada triviais, mas que, no fundo, são bem simples. E podem fazer de qualquer pessoa, mesmo que nunca tenha entrado na cozinha, um astro do fogão. Basta desligar a TV, comprar bons ingredientes e colocar, às vezes literalmente, a mão na massa.

Esse é o grande segredo de Jamie e Nigella: eles são bonitos, famosos, passam uma imagem cool, de pessoas normais que são até bem atrapalhadas na cozinha, mas que fazem muito sucesso com os amigos e parentes com seus quitutes divinos.

Alex Kapranos, então, nem se fala. É o líder de uma das bandas mais legais dos anos 00. E mantém uma coluna em um dos melhores jornais do planeta, o inglês The Guardian, para contar dos pratos que experimenta em restaurantes pelo mundo todo, onde está fazendo shows. De tão divertidas, as colunas vão virar livro.

O segundo _e mais glamuroso_ movimento é o da cozinha científica. Ferrán Adriá, o mais célebre chef do mundo, foi o precursor no seu restaurante El Bulli, na Espanha (a foto que acompanha esse post é da caipirinha-nitro com concentrado de estragão, feita por ele). Mas Homaru Cantu está superando seus limites, no Moto, de Chicago.

Chamada de “discomfort food” pela revista Fast Company, a comida de Cantu tem como ingrediente principal o nitrogênio para transformar sólidos em líquidos, espumas ou geléias e brincar com texturas e percepções. O cardápio do restaurante é feito em um “papel” comestível (uma das idéias do chef para ajudar a eliminar a fome do mundo). Um ovo, com aparência de frito, está, na verdade, congelado. Está também em teste uma idéia de ketchup servido frito, cortado em fatias, com tapioca.

Tudo, dizem, com sabores incríveis e experiências únicas.

O terceiro movimento é o “opt out”, um novo estágio da comida orgânica. A idéia é que comprar comidas orgânicas já não é o suficiente. Até porque, pelo menos nos EUA, elas já entraram totalmente “no sistema”, sendo vendidas em grandes supermercados, como qualquer congelado ou enlatado.

A idéia aqui é mais radical: é o “opt out” (cair fora, numa tradução pessoal) das grandes lojas e sistemas. E trocá-los por pequenos mercados ou produtores locais. Nos anos 90, ouvi uma pessoa dizer que não comia nada que tivesse “rosto”, ou seja, nada de carnes, frangos ou peixes, nem derivados deles. Agora, é o contrário, os adeptos do movimento “opt out” querem comidas com rostos. Mas são os rostos de quem as produziu: pequenos produtores ou criadores locais.

Primeiro, porque querem saber de onde vem sua comida, como legumes, verduras e frutas foram cultivados, ou como frangos são criados, por exemplo. Comer bem virou uma questão de confiança pessoal. E, ainda por cima, tal movimento ajuda a incentivar a pequena economia local, de cada cidade ou região.

A história toda do movimento “opt out” foi capa da sisuda revista “Mother Jones”, que, em geral, trata de questões políticas ou sociais. Mais um sinal de que comida virou assunto seríssimo.

Em ritmo de Páscoa

Nesta Páscoa, não me aventurei muito pela cozinha. Na sexta-feira Santa, adaptei a receita de Escondidinho já mencionada neste blog. Fiz as massas à base de batata e de mandioca, exatamente iguais as integrantes da receita anterior, e completei com bacalhau. Ficou supremo!


Anotem as dicas para o preparo do Bacalhau:

Bacalhau para escondidinho

Um quilo a um quilo e meio de bacalhau sem pele e sem espinhos, dessalgado;

Cozinhe as postas do bacalhau em meio litro de leite, para hidratá-las e deixar a carne mais branquinha;

Escorra o leite e passe o bacalhau no processador, para desfiá-lo. Acrescente azeite a gosto, doure cebola e alho picadinhos (também a gosto) e refogue o bacalhau desfiado. Finalize com meio vidro de leite de coco, uma pitada de pimenta calabresa, azeite à vontade e salsinha e cebolinhas frescas à vontade.

Essa versão de bacalhau é bem versátil, pode rechear escondidinho, croquetes, pastéis ou mesmo - se adicionado a uma lata de creme de leite e salpicado com parmesão, levado ao forno para gratinar - vira uma versão de casquinha de bacalhau. Fica sensacional!

Ponto alto da Páscoa:

Fiz um pão de leite saborosíssimo e encerrei o domingão com pão quentinho, feito na hora, mergulhado no azeite com sal, como meu avô José Ribeiro tanto adorava.

A Páscoa é mesmo de reconforto à mesa... e toda saudade boa tem um sabor especial... dessa vez, foi pão com azeite.

Um grande beijo a todos e uma excelente semana!
Bon appétit!!!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Novos experimentos

O fim de semana foi de novos experimentos. Seja no sentido culinário, seja na observação do curso da vida. O tom filosófico ao qual me refiro regeu um jantar que ofereci para a família do maridão. Uma maneira carinhosa, sobretudo para ele, de reunir pessoas e aquecer corações há muito distantes.


Como cardápio, escolhi fazer uma costela de porco parecida com a servida na rede Outback, uma receita do meu irmão mais velho, guarnecida de arroz branco, feijão com “tranqueira” e saladinha verde. De sobremesa, um mousse de maracujá servido em cama de brownie com nozes. Embora o jantar não tenha arrancado elogios eufóricos, não sobrou quase nada. Então penso que vale a tentativa de repetirem o cardápio em casa, em uma ocasião que sugira acolhimento de alma e de estômago. Anotem:

Costela de Porco Outback

Dois quilos de costela suína
Alho a gosto
Sal a gosto
Limão a gosto
Pimenta do Reino a gosto

Tempere a costela com pelo menos quatro horas de antecedência. Deixe a carne marinando no tempero.

Molho:

Duas medidas de extrato de tomate (usei como medida um copinho americano)
Uma medida de molho inglês
Uma medida de mel ou Karo
Uma medida de mostarda
Uma colher de chá de pimenta síria

Preparo:
Pincele o molho na costela e cubra com papel alumínio. Leve ao forno em fogo médio para assar, por aproximadamente uma hora. Descubra a costela e pincele novamente. Repita o processo de pincelá-la por, pelo menos, quatro vezes, até que ela esteja bem vermelhinha e dourada.

Sirva com arroz branco, feijão com pedacinhos de calabresa e bacon (vulgo “tranqueira”) e saladinha verde, com tomate cereja e soja torrada. Fica ótimo! Desta vez, não convidei o mestre cuca que me passou a receita para jantar. Mas na próxima, convido, em agradecimento pela boa dica.

Mousse de Maracujá em cama de brownie

Duas latas de creme de leite
Duas latas de leite condensado
Uma lata medida de suco concentrado de maracujá

Preparo:
Bata tudo no liquidificador até obter um creme encorpado. Faça ou compre um brownie pronto e corte em cubos, depois amasse os cubos no fundo de um refratário, forrando uma espécie de caminha. Regue-a com uma dose de Amarula. Cubra com a mousse e leve à geladeira por duas ou três horas.

Bon Appétit!!!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Fuja da rotina

Quem disse que a correria do dia-a-dia é desculpa para não se aventurar no fogão?!?


Ontem quis fazer uma jantinha diferente e expressa, em função da falta de tempo e do cansaço de chegar mais de 20h30 todos os dias. Como a noite estava extremamente agradável e quente, optei por uma receita leve, cítrica, mas igualmente saborosa.

Fez sucesso, até mesmo para o paladar mais convencional do maridão que, ao lado do Tequila (nosso baby canino), aprovou entusiasticamente a receita. Confiram:

Farfalle tricolor ao molho de limão

Para a massa:
Meio pacote de macarrão parafuso tricolor
Água fervendo, sem sal e sem óleo para cozinhar

Para o molho:
Uma cebola picada
Três a quatro dentes de alho
Sal a gosto
Uma colher de sopa de manteiga
O suco de um limão
Uma lata de creme de leite
Duas colheres de sopa de requeijão
Queijo parmesão ralado no ralo grosso
Cebolinha picada
Preparo:
Cozinhe o macarrão em água fervendo, sem adição de sal ou óleo. Deixe "al dente" e escorra a água. Em uma panela separada, acrescente a manteiga, a cebola, o alho e o sal. Refogue até que as cebolas fiquem transparentes. Adicione, então, o suco do limão e deixe levantar fervura. Em seguida, acrescente o creme de leite (com o soro) e agregue o requeijão. Quando o molho estiver bem encorpado, desligue o fogo e acrescente o macarrão.

Finalize com queijo parmesão e cebolinha picada.

Variações:
Quer dar um ar mais sofisticado? Aposte em ingredientes como nozes, alho poró e pedaços de mussarela de búfala, adicionando-os ao final da receita.

Bon Appétit!!!

segunda-feira, 22 de março de 2010

Rodada de fim de semana

Nada melhor do que tirar o fim de semana para fazer experimentos culinários. Desta vez, as cobaias foram meu marido, meus pais e meus irmãos.


Depois de uma tentativa frustrada de levá-los para um almoço de domingo no meu modesto (e apertado) apartamento, acabei tendo por laboratório a cozinha da minha mãe: ampla e melhor equipada.

O cardápio da vez foi um escondidinho de carne seca nada convencional, mas ficou muito saboroso. Portanto, anotem a receita e recriem em suas casas:

Escondinho de Carne Seca a la Fernanda

Para a primeira massa:
Quatro ou cinco batatas médias cozidas na água sem sal
Uma caixinha de creme de leite
Duas colheres de requeijão
Alho
Sal a gosto

Para segunda massa:
Um quilo de mandioca cozida na água sem sal
Uma caixinha de creme de leite
Duas colheres de requeijão
Alho
Sal a gosto

Para o recheio:
Um quilo de carne seca
Alho
Cebola
Salsinha
Cebolinha
Pimenta do reino branca

Modo de preparo:

Massa de batata e massa de mandioca:
Cozinhe a mandioca e a batata, separadamente. Processe a mandioca e a batata, em recipientes separados, com o mixer ou com um espremedor de batatas. Adicione a cada uma das massas o requeijão e o creme de leite, até que a massa fique com uma consistência cremosa e encorpada. Finalize acrescentando o alho e o sal. É importante que as massas fiquem bem suaves, com pouco sal, já que a carne seca já é salgada.

Recheio:
Cozinhe na panela de pressão a peça de carne seca até que esteja macia, por cerca de 20 minutos. Descarte a água e separe as partes mais gordurosas, descartando-as. Corte as carnes em cubos e coloque em um processador para desfiá-la. Quanto mais soltinha, melhor.

Refogue o alho e a cebola em azeite e solte a carne seca, para incorporar aos temperos e aos aromas. Finalize com um farto punhado de cheiro verde bem picadinho e uma pitadinha da pimenta branca. Desligue e reserve.

Montagem:
Em um refratário de vidro, forre uma espécie de caminha com a massa de batata. Cubra com a carne desfiada e finalize com uma generosa camada da massa de mandioca. Adicione queijo parmesão ralado e leve ao forno por cerca de 10 minutos para gratinar.

Fica imbatível!
Sirva com arroz branco e saladinha de folhas verdes e palmito.

Bom Appétit!!!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Molho grego

Aprendi a fazer um molho grego, leve, cremoso e fácil. À base de iogurte natural, pode acompanhar saladas e aperitivos, como pequenas tortillas mexicanas. Fica incrível e tem pouquíssimas calorias! Anotem e aproveitem:



Três potes de iogurte natural (eu aconselho usar o da Activia, bem cremoso)

Um pano de prato novo e limpo

Sal a gosto

Uma pitada de pimenta do reino branca

Uma pitada de pimenta calabresa

Uma pitada de curry

Hortelã fresco picado

Três colheres de sopa de Azeite extra virgem

Variações

Pode adicionar pepinos cortados em cubinhos ou tirinhas de salmão defumado

Modo de preparo:

Forre um escorredor de massas com o iogurte natural e deixe escorrer dentro de uma vasilha por cerca de 2 horas. Faça uma trouxinha com o pano e aperte levemente, de forma que o restante do soro do iogurte escorra por completo. A textura do iogurte deve ser semelhante a de chantilly.

Adicione o sal e todos os temperos, seguidos pelo azeite de boa qualidade. Por último, acrescente o pepino ou o salmão defumado.

O creme pode acompanhar uma salada de folhas verdes, servir como pasta de aperitivo, ou mesmo acompanhar um bom peixe assado. Outra variação, testada por quem vos escreve, é adicionar um pouco de alho processado. Para acompanhar peixes, é imbatível!

Experimentem, sem medo de ser feliz!

Bon Appétit!

sexta-feira, 12 de março de 2010

Especializando a arte de cozinhar e apreciar

Estréio o blog falando - aos amantes da boa culinária e da alta gastronomia, como eu - sobre a importância da especilização para ampliar os horizontes e começar a experimentar as novidades, outras texturas e sabores.

Há muito ensaio fazer cursos que refinem essas percepções. Daí pensei: -Por quê não agora?! Movida por este ímpeto, me matriculei em um dos vários e irresistíveis programas oferecidos pela renomada Escola Wilma Kövesi, especialista em formar profissionais de gastronomia há 25 anos.

É bem verdade que ainda não é o tão sonhado e desejado Objetivo Chef, que me transformaria em chef de cozinha, numa espécie de pós-graduação seletiva, contemplando 30 futuros profissionais desta arte. Mas, inicio a minha expedição culinária com a primeira parada na Cozinha Natural Contemporânea.

No curso, com uma noite de duração, aprenderei com Tatiana Cardoso os princípios da cozinha natural, com técnicas saudáveis e uso de ingredientes puros.

O programa inclui:

-Risoto de arroz negro com shimeji branco
Com trio de verdes legumes: brócolis, aspargos e ervilhas

-Charutinho de folha de uva recheado de abobrinha e pignole
E molho cítrico de laranja e dill

-Nhoque de quinua com espinafre
Em manteiga clarificada com cinco ervas e tomatinhos marinados

-Mix Salada de folhas com mel e pimenta rosa

-Sorvete de baunilha Leite de Amêndoas, agave, com calda de gengibre e manga

Convido vocês a acompanharem o passo-a-passo desses pratos aqui bo blog, a partir do dia 08 de abril.

Sejam bem vindos e sirvam-se!
Bon Appétit!